terça-feira, 26 de novembro de 2013

Melusina



Melusina é uma personagem da lenda e folclore europeus, um espírito feminino das águas doces em rios e fontes sagradas.

Ela é geralmente representada como uma mulher que é uma serpente ou peixe (ao estilo das sereias), da cintura para baixo. Algumas vezes, é também representada com asas, duas caudas ou ambos, e, por vezes, mencionada como sendo uma nixie.

Versões literarias:


A mais famosa versão literária dos contos de Melusina, aquela de Jean d'Arras, compilada em cerca de 1382–1394 foi elaborada numa coletânea de "histórias inventadas" pelas damas enquanto teciam.

O conto foi traduzido para o alemão em 1456 por Thüring von Ringoltingen, a versão que tornou-se popular como conto de fada. Foi posteriormente traduzido em inglês (cerca de 1500), e freqüentemente reimpresso tanto no século XV quanto no século XVI. Há também uma versão em prosa chamada a Chronique de la princesse ('Crônica da princesa').
Ela conta como Elynas, o Rei de Albany (um eufemismo poético para a Escócia) saiu para caçar certo dia e deparou-se com uma bela dama na floresta. Ela era Presina, mãe de Melusina. Ele persuadiu-a a casar-se com ele, e ela só concordou sob a condição — pois freqüentemente há uma condição dura e fatal vinculada a qualquer união entre fada e mortal — de que ele não deveria entrar na alcova quando ela desse à luz ou banhasse suas crianças. Ela deu à luz trigêmeas. Quando ele violou este tabu, Presina deixou o reino com suas três filhas, e viajou para a ilha perdida de Avalon.

As três garotas — Melusina, Melior e Palatina (ou Palestina)— cresceram em Avalon. Em seu décimo-quinto aniversário, Melusina, a mais velha, perguntou por que elas haviam sido levadas para Avalon. Ao ouvir sobre a promessa quebrada pelo pai, Melusina jurou vingança. Ela e suas irmãs capturam Elynas e o trancafiam, com suas riquezas, numa montanha. Presina se enraivece quando toma conhecimento do que as garotas haviam feito e as pune por ter desrespeitado o pai. Melusina foi condenada a tomar a forma de uma serpente da cintura para baixo, todo sábado.

Raymond de Poitou encontrou Melusina numa floresta da França, e lhe propôs casamento. Da mesma forma que sua mãe havia feito, ela estabeleceu uma condição, a de que ele nunca deveria entrar no quarto dela aos sábados. Ele quebrou a promessa e a viu sob a forma de uma meia-mulher, meia-serpente. Ela o perdoou. Somente quando, durante uma discussão, ele a chamou de "serpente" em plena corte, é que ela assumiu a forma de um dragão, deu-lhe dois anéis mágicos e se foi para nunca mais voltar.

No "The Wandering Unicorn" de Manuel Mujica Láinez, Melusina conta sua história de vários séculos de existência, da maldição original até a época das Cruzadas.


Lendas:


As lendas de Melusina estão especialmente ligadas às áreas setentrionais, mais célticas, da Gália e dos Países Baixos. Sir Walter Scott narrou uma história de Melusina em Minstrelsy of the Scottish Border (1802—1803), confiante que

    "o leitor encontrará as fadas da Normandia ou Bretanha, adornadas com todo o esplendor da descrição oriental. Também a fada Melusina, que casou-se com Guy de Lusignan, Conde de Poitou, sob a condição de que ele nunca tentasse invadir sua privacidade, pertence a essa última categoria. Ela deu ao conde muitos filhos, e construiu para ele um magnífico castelo através de artes mágicas. Sua harmonia não foi interrompida até que o marido xereta quebrasse as condições da união, ocultando-se para espionar a mulher tomando seu banho encantado. Mal Melusina descobriu o intruso indiscreto, transformou-se num dragão e partiu com um grito de lamentação, e nunca foi mais foi vista por olhos mortais; ainda que, mesmo nos dias de Brantôme, ainda se supunha que ela protegia seus descendentes, e teria sido ouvida lamentando-se nas correntes de ar à roda das torres do castelo de Lusignan, na noite antes que este fosse demolido."

Quando o conde Siegfried das Ardenas comprou os direitos feudais sobre Luxemburgo em 1963, seu nome estava ligado a versão local de Melusina. Em 1997, Luxemburgo emitiu um selo postal comemorativo
desta Melusina, que possuía basicamente os mesmos dons mágicos que a ancestral dos Lusignan. A Melusina de Luxemburgo fez surgir o castelo de Bock por mágica na manhã após o casamento dela. Pelos termos do matrimônio, ela exigiu um dia de absoluta privacidade a cada semana. Infelizmente, Sigefroid, como os luxemburgueses o chamam, "não conseguiu resistir à tentação e num dos dias proibidos ele a espiou no banho e descobriu que ela era uma sereia. Quando ele soltou um grito de surpresa, Melusina percebeu-o e a banheira imediatamente afundou-se na rocha sólida, carregando-a com ela. Melusina surge brevemente na superfície a cada sete anos como uma bela mulher ou serpente, carregando uma pequena chave de ouro na boca. Quem quer que tire a chave dela a libertará e poderá tomá-la como sua noiva. "

Martinho Lutero conhecia e acreditava na história de outra versão da Melusina, die Melusina zu Lucelberg (Lucelberg na Silésia), a quem ele se refere várias vezes como um súcubo (Obras, edição Erlangen, volume 60, pp. 37-42). Johann Wolfgang von Goethe escreveu o conto Die Neue Melusine em 1807 e publicou-o como parte do Wilhelm Meisters Wanderjahre. O dramaturgo Franz Grillparzer encenou o conto de Goethe e Felix Mendelssohn criou uma abertura de concerto denominada "A Fada Melusina", seu Opus 32.

Melusina é um dos espíritos das águas pré-cristãos que às vezes são responsabilizados pela troca de crianças. A "Dama do Lago" que sumiu com o bebê Lancelot e o criou, era desta espécie perigosa de ninfa das águas.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lorelei

     Lorelei, a pequena sereia do Reno, deu o seu nome a uma triste e bela lenda alemã. Tratava-se de uma mulher extraordinariamente bela, que vivia na cidade de Bacharach-sur-le-Rhin. O seu maior prazer era sentar-se num rochedo perto da margem, e pentear o seu longo cabelo louro, contemplando o seu reflexo na água e cantando uma canção cujo refrão dizia:
- Lorelei, Lorelei, Lorelei!
Lorelei era tão bela, que todos os homens se apaixonavam por ela. Todos sucumbiam aos seus encantos e ela não conseguia recusar os seus avanços. Era uma causa permanente de escândalos na pequena cidade, tanto mais que a maioria dos seus amantes, não suportando que ela não lhes desse o seu amor exclusivo, caíam em languidez, e às vezes suicidavam-se. Em breve, a Igreja soube do sucedido, e o Bispo persuadido que Lorelei era uma criatura do demónio, instrui-lhe um processo de feitiçaria. Interrogou-a longamente em tom severo, mas Lorelei respondeu-lhe com tal franqueza e inocência, que o austero Bispo, sentindo-se tocado no fundo do coração, deixou em liberdade a bela feiticeira. Esta todavia, pôs-se a chorar, dizendo:

- Não posso continuar a viver assim! A minha beleza traz a desgraça a todos os homens. Quanto a mim, apenas amei um homem e foi o único que me abandonou.

O Bispo cheio de pena, propôs a Lorelei que fosse para um convento, para se dedicar a Deus. Ela aceitou com o coração oprimido e pôs-se a caminho, acompanhada por três cavaleiros que lhe serviam de escolta. Chegados a uma falésia que dava para o Reno, ela disse-lhes:

- Deixem-me contemplar, uma ultima vez, o Reno, para que possa lembrar-me dele na minha cela.

Escalou o rochedo, e do cimo, viu um barco que vogava no Reno, então gritou: - Olhem este barco! O barqueiro é o homem que amo, o amor da minha vida! E em seguida, atirou-se ao Reno, sem que nenhum dos três cavaleiros a pudesse impedir.
Desde esse dia, cada vez que um barqueiro do Reno, entra no porto, julga ver, Lorelei, transformada em sereia e a chorar, sentada nos rochedos, penteando os seus longos cabelos de ouro.
E ouvem-se ao longe vozes, que dizem: - Lorelei! Lorelei! Lorelei!
São as vozes dos impotentes cavaleiros, que assistiram á morte de Lorelei.

Um poema a Lorelei

Lorei


Fada, querida !Foi verdade ou mentira?
Uma serenata cantada para me atrair - Céus! - não para me cortejar?
Uma mênade, mas, ainda assim, a mais doce menina.
Certamente me desvendastes complacentemente a pureza da vida.
Lorelei,
Uma poeta de tragédias,
Escrevo louvores à morte
Como ouso ?

Lorelei,
Não consegues ver que eu preciso de ti ?
Não consegues ver quão dolorosa é esta perda?
Habilidosamente recitaste a trágica pasquinada
Por todos os anos um deleite tão extraordinário
Causado por todos os olhares perplexos a observarem a confusão
E em meio a tudo isso lhe ofereci meu gentil comprimento:
O pobre idiota que alimentava o fogo
Curvou-se mendicante contra o meu coração medroso.

Lorelei,
Uma poeta de tragédias,
Escrevo louvores à morte
Que ousada ?
Não consegues ver que eu preciso de ti ?
Não consegues ver quão dolorosa é esta perda?
Talvez eu deva a ti esta elegia
Fora contrariada? Então preocupe-se com seu futuro.
Entre o Céu e o Inferno estas tu a incomparável fênix
Te peço, querida! - corteja à mim, não àquele prolixo furioso!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Como atrair as ninfas

    As ninfas são elementais da água e da terra. Tão encantadoras e adoráveis quanto as fadas.  Por serem os elementais que estão mais próximos de nós, são mais fáceis de serem contatadas que as fadas. As fadas, na maioria das vezes, habitam outra dimensão e atraí-las leva tempo já que elas estão longe. As ninfas habitam tanto a outra dimensão quanto esta, podendo ir e vir com mais facilidade que os outros elementais. Inclusive, elas podem optar por viverem apenas em uma dimensão, como a nossa. Mas nessa dimensão terrena, as ninfas estão limitadas a ficarem somente em suas plantas, árvores e flores, não podendo se locomover além de onde seus galhos e raízes se estendem. Entretanto, quando os galhos e raízes se tocam, elas podem andar quase livremente. Isso é comum em bosques e florestas. A ninfa é a alma de uma planta, árvore, flor ou arbusto, que quando arrancada da terra ou cortada, morre junto com sua planta. Quando isso acontece em uma floresta, a ninfa desesperada para salvar-se, abandona sua árvore-casa e se esconde na árvore ou planta mais próxima. Ela divide uma mesma árvore com sua irmã até encontrar uma plantinha ou mudinha "vazia" para se abrigar. Acredita-se que as mudas de plantas ainda não possuam uma alma e sejam como um recipiente vazio. Quando uma ninfa se muda para uma planta, esta fica mais forte e bela. A ninfa protege e cuida de sua planta como qualquer um de nós cuida de nossa casa. As ninfas são belas, bondosas, alegres e sempre estão de bom humor, faça chuva ou faça sol. Se divertem espiando os humanos e muitos vezes os atraem até sua árvore para ficarem mais próximos um do outro. Elas então reciclam a energia do humano, fazendo com que este fique esperançoso, feliz e em paz. Quando se sentir cansada, triste ou desanimada, pode ir até a ninfa mais próxima e pedir a ela que renove suas energias. Em troca, seja gentil e despeje um pouco de água nas raízes da árvore ou na planta. Ou então deixe uma oferenda que pode ser moedas douradas, um doce ou uma bijuteria bonita e brilhante.
   Ninfas podem trazer inspiração, alegria, sorte, fartura, beleza e nos ajudar em assuntos relacionados a amor e amizade.
 Atraí-las é muito simples:

    Se você tem um jardim, quintal ou mesmo plantas em sua casa, fica mais fácil porque você não precisa atrair as ninfas, apenas se conectar a elas porque elas já estão ali, escondidas atrás de suas plantas. Acenda incensos ou velas próximo às suas plantas e ofereça a elas. Pode recitar alguma prece ou poema em homenagem a elas. Também pode deixar oferendas e fazer pedidos.  Se não tem um jardim ou plantas, escolha alguma planta, arbusto ou flor que mais goste, mesmo se for um cacto para estabelecer uma conexão real com uma ninfa. Se mora em um apartamento ou em um quartinho, pode escolher uma planta que não precise tanto de luz e/ou que necessite de poucos cuidados. Não tenho um jardim florido, mas tenho árvores e arbustos. Infelizmente não posso mais ter flores (ao menos até que eu me mude de casa) por causa dos cachorros do meu irmão (o chato que eu evito falar). Mas sempre compro vez ou outra um arranjo de crisântemos. Eles duram pelo menos uns dois meses e só precisam ser regados a cada dois dias.

Altar das Ninfas

       De todos os elementais, as ninfas são as que mais merecem nossa atenção porque são os espíritos que estão mais próximos da humanidade. Elas estão tão perto que muitas vezes nem reparamos mais nelas. Uma vez que reparar nelas, será difícil de ignorá-las. Todo praticante de magia, que trabalha com elementais sabe que é impossível ignorar a presença das ninfas. As fadas as adoram e estão sempre cuidando-as e protegendo-as. Isso é muito bonito e nos ensina que os mais fortes devem cuidar dos mais fracos. As fadas não suportariam viverem em um mundo sem árvores, plantas e flores. Sua vida seria triste e vazia, sem a beleza a qual estão tão acostumadas. Nós, humanos deveríamos ter a mesma consciência que nossas amigas "aladas" tem. Já se imaginou em um mundo sem a presença do verde? Seria ruim e pra variar, perderíamos o contato com os elementais. 


Primeiro passo: O espaço devocional
     Você pode montar seu altar em qualquer lugar. Em qualquer lugar mesmo. Em um espaço vazio do seu rack ou estante, em um pedestal, em uma mesa, em um jardim e etc. Consiga uma toalha com estampa de flores e forre-a na mesa (ou qualquer lugar que tenha escolhido para ser o seu altar). A toalha não precisa ser de flores, mas seria bom que fosse, porque flores estão ligadas às ninfas. E seria interessante explorar esse simbolismo.

Segundo passo: A montagem

Pode colocar imagens em bibêlos ou estátuas de ninfas. Não gaste tempo e dinheiro tentando encontrar uma bela imagem de ninfa grega, como eu. Porque você pode se estressar. As imagens atuais de ninfas são aquelas de garotinhas que parecem estar fantasiadas de flores, frutas ou legumes. Uma gracinha!

domingo, 4 de agosto de 2013

Iara

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   Iara ou Uiara ("senhora das águas") ou Mãe-d'água, segundo o folclore brasileiro, é uma linda sereia que vive no rio Amazonas, sua pele é parda, possui cabelos longos, verdes e olhos castanhos.
    
Lendas são histórias contadas de geração para geração verbalmente, e, comumente, sofrem variações.
Em uma delas, cronistas dos séculos XVI e XVII registraram que, no princípio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem-peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Pescadores de toda parte do Brasil, de água doce ou salgada, contam histórias de moços que cederam aos encantos da bela Iara e terminaram afogados de paixão. Ela deixa sua casa no leito das águas no fim da tarde. Surge sedutora à flor das águas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vítimas.

A Iara

Vive dentro de mim, como num rio,
Uma linda mulher, esquiva e rara,
Num borbulhar de argênteos flocos, Iara
De cabeleira de ouro e corpo frio.
Entre as ninféias a namoro e espio:
E ela, do espelho móbil da onda clara,
Com os verdes olhos úmidos me encara,
E oferece-me o seio alvo e macio.
Precipito-me, no ímpeto de esposo,
Na desesperação da glória suma,
Para a estreitar, louco de orgulho e gozo...
Mas nos meus braços a ilusão se esfuma:
E a mãe-d'água, exalando um ai piedoso,
Desfaz-se em mortas pérolas de espuma.
(Olavo Bilac).

domingo, 21 de abril de 2013

Jardim encantado

       Você pode criar lugares que sejam bons condutores para a energia feérica. Ao plantar um jardim mágico, não só criará um lugar para que os seres feéricos venham, mas também para que tenha com o local uma conexão pessoal.

       Quando pratica jardinagem, uma parte da sua energia entra na terra, nas sementes e nas plantas das quais cuida. A terra, as sementes e as plantas também passam a fazer parte de si através da sua pele, e também quando come as frutas, as verduras, os frutos secos e as ervas que cultiva. Há um contínuo intercâmbio de energia, mesmo que você não tenha conhecimento nem a percepção dele.

       Um jardim mágico é um lugar em que pode conectar-se com a Natureza e, desse modo, atrair a energia dos seres feéricos. Não importa que seja pequeno, mas o mais importante é que seja um lugar em que goste de estar, um lugar especial onde se possa comunicar com os seres feéricos.

       As flores não só adornam e trazem-nos alegria com a sua beleza e o seu aroma como em muitos momentos da nossa vida são um vínculo mágico que nos une à Mãe Natureza. As suas pétalas encerram inocentemente misteriosos segredos. É delas que retiramos essências para a produção de raros perfumes, óleos e bálsamos, que curam e enchem de esperança a nossa alma. A sua beleza é um cântico de amor, de vida e de morte.

       As flores e as plantas possuem linguagem própria, falam a língua das fadas e é justamente essa justaposta convivência com esses seres mágicos que as torna mágicas.

      
Para cada tipo de flor há uma fada guardiã, que cuida do seu crescimento e penteia uma a uma as suas pétalas. Essas fadas de apenas alguns centímetros de estatura são providas de asas translúcidas que se agitam ao sol e voam como mariposas. Na Inglaterra, a “pillywiggin” é uma fada diminuta, do tamanho de uma abelha, que se encontra voando entre as flores silvestres que crescem em ao pé dos carvalhos.

       As fadas vivem em perfeita osmose com o mundo vegetal. Ajudam a transmutar os elementos químicos, catalisam a energia da atmosfera de modo a fazê-la assimilável pelas flores. São elas, pois, os devas, os anjos custódios das plantas com as quais todo o jardineiro, se deseja ter um belo jardim, deve contar mais com a sua colaboração do que com o seu próprio saber.

Conheça a partir de agora um pouco mais sobre esse fascinante mundo das flores, plantas, ervas...


Flores e plantas favoritas dos elementais

 AÇAFRÃO (Crocus sativus L) - Uma das favoritas dos seres feéricos do Fogo e das fadas aladas. Utiliza-se açafrão para reforçar os feitiços, especialmente os de cura e de amor. Também se usa para se ver o interior do reino das fadas.

 
ALECRIM (Rosmarinus officinalis) - Esta flor é cultivada nos jardins para atrair os Gnomos. Algumas folhas colocadas debaixo do travesseiro garantirão um sono tranquilo, livre de pesadelos. O alecrim ao ser queimado como incenso, emite poderosas vibrações de limpeza e purificação e deve ser usado para limpar um local antes de nele se realizar um ritual de magia. Também devem ser colocados ramos secos na entrada da casa, para impedir a entrada de ladrões. Esta planta é muito usada na conservação da saúde. Devem confeccionar-se pequenos travesseiros de alecrim para melhor aproveitar as suas propriedades curativas. Preparado como infusão, cura dores de cabeça crónicas e faz muito bem nos ataques de asma. Utilizado como perfume, aumenta a auto-estima, facilita o sono, relaxa os nervos, eliminando o stress. O alecrim é conhecido como “erva dos trovadores” e da essência das suas folhas faz-se um remédio contra as chagas.


 


ALFAFA (Medicago sativa) - Desperta a sua clarividência, infunde paixão e atrai a boa sorte, além da prosperidade, fortalecendo ainda os feitiços de amor e atraindo a felicidade para o seu lar.


 
ARTEMISA (Artemísia vulgaris) - Use esta erva para se proteger dos seres feéricos danosos e para favorecer sonhos proféticos. Faça uma coroa de artemísia na véspera de São João para se comunicar com as fadas. O chá de artemísia pode ser usado para limpar os cristais e as gemas utilizadas na Magia feérica.



 AVELÃ (Corylus spp.) - A avelã era chamada “Coll” pelos antigos celtas e correspondia à letra C do alfabeto druídico Ogham. Segundo os celtas, a avelã era considerada como o receptáculo da sabedoria; já na Inglaterra é um símbolo de fertilidade. A madeira da árvore é apropriada para fazer qualquer tipo de bastão ou varinha mágica usadas por bruxos, magos e feiticeiros. É com uma vara desta árvore, em forma de forquilha, que se encontra água e objectos ocultos. Um óptimo encantamento para lhe trazer sorte consiste em fazer uma cruz solar amarrando com um cordão vermelho ou dourado dois galhos juntos.


 


BREJO (Echinodorus grandiflorus) - Associado às rainhas das fadas e à aventura espiritual, é uma flor do amor para a Magia Feérica, que infunde paixão, expande a percepção e é uma oferenda ideal para os seres feéricos na véspera de Beltane.


 


Calêndula
CALÊNDULA (Calendula officinalis) - É uma das flores favoritas dos seres feéricos. Use calêndulas para obter protecção e para reforçar as suas habilidades psíquicas, como a clarividência. Crie um anel de calêndulas no seu jardim, para sentar-te nele e meditar, ou coloque um vaso com calêndulas vivas junto da sua cama, para favorecer os sonhos com o reino das fadas.


 



CAMOMILA (Matricaria recutita) - A camomila atrai dinheiro e amor, e utiliza-se para purificação, meditação e para proteger o lar de energias danosas. Plante camomila para cobrir o solo do jardim e atrair os diminutos seres feéricos das flores. Quando caminhar sobre elas, o aroma será delicioso! Espalhe flores pela sua casa para liberar-se de energias não desejadas, ou beba uma infusão de camomila antes de ir dormir para sonhar com as fadas.


 
CARDO SANTO (Cnicus benedictus) - Expande a sua percepção, repele as energias negativas e os seres feéricos danosos, e dá poder aos feitiços de Magia Feérica.


 


CEVADA (Hordeum vulgare) - Adicione às bebidas ou poções mágicas para conseguir protecção, cura e poder. Espalhe num local do seu jardim para proteger essa zona de energias não desejadas e atrair as fadas.

 CRISÂNTEMO (Chrysanthemum spp.) - O crisântemo, cujo nome quer dizer flor de ouro, simboliza a alegria e representa também a perfeição e a simplicidade. No Japão é a flor nacional. Para os chineses, o crisântemo assegura o amor eterno e a fidelidade. Branco, lembra a verdade e a sinceridade, vermelho representa o amor e amarelo simboliza o amor não correspondido. O crisântemo gosta de muita luz, mas não deve ficar directamente exposto ao sol; a terra deve ser mantida húmida, sem secar e nem encharcar. Adapta-se a ambientes internos e externos. O crisântemo, é também o símbolo do conhecimento concentrado, pois teria o poder de controlar as emoções dos que se irritam ou se deprimem facilmente. Esta planta, na verdade, estabilizaria as emoções destas pessoas. Igualmente faria a margarida por meio das suas propriedades terapêuticas. Ela poderia “ordenar” o pensamento daqueles que têm a facilidade de acumular conhecimento, mas apresentam dificuldades quando desejam expressá-lo. O nobre crisântemo é ainda, a flor da longevidade e da juventude. A espécie japonesa tem um festival em sua honra, é cultivada com requinte nos jardins, usada como delicada guarnição comestível em jantares elegantes e utilizada medicinalmente para destruir germes. Também pode ser encontrada enfeitando o banho vespertino onde, diz a tradição popular, “manterá à distância os desgastes da idade”. O crisântemo amarelo proporciona um banho que aquece, cura e fortalece. Ideal para as noites frescas de Outono. Efeitos do banho: Aquece. Rejuvenesce. Cicatriza cortes e aranhões. Atenua marcas de cicatrizes. Destrói bactérias. Tonifica a pele. Indicações: qualquer tipo de pele. Banhar com a frequência desejada. Ingrediente: Crisântemo amarelo comestível. Preparação: Coloque as flores para flutuar na água quente do banho. Permaneça dentro da banheira o tempo que quiser. Ao sair, não enxagúe. Uma equipa de investigadores da Universidade Nacional de Singapura (NUS) descobriu que a flor de crisântemo, usada tradicionalmente na medicina chinesa, favorece a eliminação de células cancerosas.


 DENTE DE LEÃO (Taraxacum officinale) - O vinho de dente de leão é um dos favoritos dos seres feéricos. Beba chá de dente de leão para intensificar as suas habilidades psíquicas. Escolha um dente de leão numa noite de Lua Cheia, chame os seres feéricos alados do Ar, peça um desejo e sopre sobre ele. Com certeza será atendido/a.


 


Erva de São João
ERVA DE SÃO JOÃO (Hypericum perforatum) - A erva de São João, na Idade Média, era queimada nas casas em que se acreditava que havia entrado um demónio. Ficou inclusive conhecida como um infalível “espanta demónios”. É também conhecida como um poderoso antidepressivo natural. Para colhê-la, primeiro peça permissão às fadas para tal e depois use a sua mão esquerda para cortá-la. Na cultura celta, acreditava-se que as fadas más, os duendes e magos que não fossem bem intencionados jamais entrariam nas casas cujas janelas estivessem protegidas com raminhos desta planta.



 GERÂNIO (Pelargonium graveolens) - Todas as classes de gerânios são plantas de protecção e cultivam-se no jardim ou em floreiras. As flores são carregadas magicamente e movimentam-se quando um estranho se aproxima. Os jardins semeados de gerânios vermelhos oferecem protecção e saúde aos moradores da casa. Os de flores rosa são usados em feitiços de amor e as variedades de cor branca aumentam a fertilidade. Os xamãs do México purificam e curam os seus pacientes com ramos de gerânios vermelhos juntamente com ramos de arruda e pimenta. Todos os gerânios possuem propriedades mágicas que nos fortalecem física e psiquicamente.



 


GIRASSOL (Helianthus annuus) - Esta é uma das flores favoritas dos seres feéricos. Faça uma coroa de girassóis e use-a numa noite de Lua Cheia para favorecer as visões de rainhas e reis das fadas. Use as sementes nos feitiços de prosperidade, fertilidade e amor.


 

JACINTO SILVESTRE (Hyacinthoides nom-scripta)- Faça uma coroa de jacintos silvestres e coloque-a na cabeça na véspera de Beltane que o/a ajudará a ver os seres feéricos. Um anel de jacintos silvestres é um dos lugares favoritos de reunião dos seres feéricos num jardim.


 JASMIM (Jasminum officinale) - Só ao contemplar-se essa flor, já nos é possível perceber o quanto é suave e delicado o seu aroma. Existe uma lenda árabe que nos explica a sua origem. Segundo ela, uma jovem beduína, chamada Jasmine, que vivia no deserto e cobria o seu belo rosto com numerosos véus, para se proteger do sol, despertou o amor e a paixão de um príncipe. Ele não descansou enquanto não a convenceu a casar-se com ele e ir morar para o seu castelo. Uma vez casada, Jasmine sentiu que teria que passar o resto da sua vida atrás dos muros do palácio e então fugiu para um oásis onde expôs o seu rosto ao sol. Esse oásis, ao ver tanta beleza, transformou Jasmine em flor, que vive até hoje em completa liberdade nos lugares mais cálidos deste planeta. O jasmim é um atractivo de dinheiro, do amor espiritual e dos sonhos proféticos. As suas folhas secas colocadas em saquinhos vermelhos são poções de amor. Queimar as suas flores atrai prosperidade.


 


LAVANDA (Lavandula vera ou Lavandula officinale) - Esta é uma flor que, se queimada todos os dias, evita discussões familiares. Os antigos acreditavam que assegurava a fidelidade quando plantada nos jardins das residências. A lavanda harmoniza a energia espiritual e promove o equilíbrio. Ativa o chakra coronário. Muito usada como incenso para purificação interior. Atirar lavanda ao fogo no solstício de verão é um tributo aos Deuses e também nos dá visão e inspiração. Usada também em banhos para curar, e para atrair o homem amado. O perfume da Lavanda induz ao sono. Excelente para dar claridade e coerência em trabalhos mágicos e concentrar a visualização. Além disso, acalma os nervos e aumenta o otimismo.


 LILÁS (Syringa vulgaris) - Quem não se sentiu já envolvido pelo aroma desta delicada flor? Quando chega a primavera, as suas frágeis florzinhas enchem os nossos jardins de cor, luz e fantasia. O aroma desta flor atrai as serviçais fadas para o seu jardim. Conta uma lenda que a ninfa Syinga despertou os olhares desejosos do deus Pan, metade homem, metade carneiro, e ela, antes de cair na teia desse libidinoso personagem mitológico, correu cruzando montes e bosques, alcançando as margens de um belo rio, onde implorou ser metamorfoseada num perfeito lilás. O deus, ao não conseguir satisfazer os seus propósitos, arrancou um galho da planta e fez com ela uma flauta e passou a tocá-la, como vingança. O lilás é uma flor que já atraiu culturas de todos os tempos. Assim, na época da antiga Constantinopla, foi cultivada em numerosos jardins. O perfume que emana desta flor estimula e activa a glândula pineal, reguladora das nossas emoções. Também está associada ao sexto chakra, denominado “terceiro olho”. Na magia é usada para o exorcismo, para protecção, para fortalecer a memória e para favorecer uma sensação de paz e harmonia. As suas flores secas podem colocar-se no interior da nossa casa para purificá-la.



LÍRIO (Lilium spp.) - O lírio, quando plantado nos nossos jardins, afasta fantasmas e energias negativas. Protege-nos contra o “mau-olhado”, ou “olho gordo” (inveja), e evita visitas indesejáveis. O lírio é também um bom antídoto contra feitiços de amor e com esse propósito devemos oferecê-lo à pessoa suspeita do delito. Plante lírios no seu jardim para atrair os seres feéricos nobres e serviçais, principalmente reis e rainhas. Esta flor está directamente associada às Deusas Vénus, Juno, Nepthys e Kuan Yin.

 MAÇÃ (Pyrus malus) - A maçã é símbolo de imortalidade, tanto para a mitologia celta como para a mitologia grega. É muito usada em feitiços de amor há milhares de anos. Um feitiço para reforçar os laços amorosos consiste em partir uma maçã pela metade e compartilhá-la com a pessoa amada. Para cura, corta-se a maçã em três pedaços e friccionam-se na parte afectada do corpo; depois devem ser enterrados. Um costume muito antigo consistia em colocar muito juntas, mas sem se tocarem, três maçãs vermelhas sobre a porta de entrada da casa, para neutralizar a negatividade do lugar. Há uma crença, segundo a qual se conseguir descascar a maçã de uma só vez, quando a espiral cair ao solo ou sobre a mesa, pode-se conhecer o nome da pessoa amada, porque a casca revelará as iniciais da sua alma gémea. Os altares de Wicca enchem-se de maçãs em Samhaim, já que ela era considerada alimento dos mortos. Também em algumas tradições da Wicca, as maçãs são o símbolo da alma e, por isso, deveriam ser enterradas na noite de Samhaim, para que renascessem na primavera, contribuindo como alimento para os meses frios do inverno. O sumo da maçã pode substituir o vinho, quando for realizar um feitiço ou algum ritual. A sidra de maçã é utilizada em lugar do sangue, quando a encontramos em velhas receitas mágicas e a própria fruta pode ser usada como figura mágica (bonecas) em feitiços. O coração da maçã guarda cinco sementes e estas formam um pentagrama perfeito. A madeira da macieira pode ser usada para fazer bastões e utilizá-los para realizar feitiços de amor. A maçã está associada com as deidades: Vénus, Dionísio, Apolo, Hera, Atena, Afrodite, Diana, Zeus, Idunna.



Madressilva

 
MADRESSILVA (Lonicera periclymenum) - O doce aroma desta flor sagrada desperta os sentidos e favorece a clarividência e as aventuras do Outro Mundo. Para ver os seres feéricos, faça coroas de madressilvas durante a Lua Cheia e coloque-as na cabeça, com as flores tocando a sua face. Plante muitas madressilvas em torno do seu jardim, elas atrairão abelhas, os seres feéricos e muita riqueza.



 MARGARIDA (Bellis perennis) - Bem-me-quer... Mal-me-quer! Quem não arrancou já as pétalas de uma margarida no meio de suspiros? Pois muitas são as lendas que já surgiram em torno desta romântica flor que desponta entre os meses de Abril e Outubro. Segundo a mitologia romana, a ninfa Belides transformou-se nesta delicada flor para fugir dos insistentes assédios de Vertumno, deus da vegetação e das árvores frutíferas. No tempo medieval, as damas adornavam as suas cabeças com uma coroa de margaridas para “dar esperança” ao seu cavaleiro andante. Nos nossos dias, a margarida está associada com os apaixonados e serve de inspiração para os poetas. Terapeuticamente, esta flor é usada no tratamento de problemas de artrite, para diminuir a dor de cabeça e é um excelente remédio expectorante. Esta flor é símbolo da unidade. Na sua estrutura, o seu disco central, solar e luminoso e as suas múltiplas pétalas, todas dirigidas para o centro, representam a unidade do corpo e espírito, a relação entre o terreno e o divino. A margarida é um pequeno sol que representa a vida e o amor indestrutível. Por ser uma flor bastante jovial e alegre, ela combate a tristeza, portanto é uma excelente companhia na recuperação de qualquer enfermidade. Se o seu relacionamento está a passar por uma pequena crise, se reina o desânimo, presenteie margaridas a quem ama. Terá então momentos de grande alegria. As margaridas estão associadas ainda às celebrações da primavera e do verão: decorar a casa na noite do solstício do Verão, traz felicidade para o lar e atrai as fadas.


 


MENTA (Mentha spp.) - Use menta num travesseiro para sonhar com os seres feéricos alados do Ar. Espalhe menta e alecrim pela sua casa, para protegê-la e liberar o local de energias negativas. Beba chá de menta para expandir a sua percepção, aumentar o seu enfoque e fortalecer a sua concentração.


 ORQUÍDEA (Orchis spp.) - A orquídea é considerada um poderoso afrodisíaco que encerra uma forte carga de mistério e erotismo. Foi ainda, uma fonte inspiradora de mitologias e símbolos em todos os tempos. Segundo a mitologia grega, o jovem Orchis, que se encontrava no bosque, acompanhando o cortejo do deus Dionísio, apaixonou-se por uma das musas que o compunha. Sabendo do intento deste de seduzi-la pela força, ela convocou todas as feras do bosque e ordenou que o matassem. Depois, ela arrependeu-se da sua impensada acção e implorou aos deuses que a perdoassem. Comovidos com a sua súplica, transformaram o jovem nesta belíssima flor. A mitologia alemã tinha a orquídea como símbolo de fecundidade e perfeição. Portanto, a orquídea é símbolo de um amor muito apaixonado e irresistível e que possui também a propriedade de afastar o mal e curar a esterilidade. A orquídea é o amor – símbolo mais conhecido do Ocidente.



 

PRIMAVERA (Prímula officinalis) - Faça o invisível tornar-se visível plantando uma prímula no seu jardim. Comer esta flor, deixa-nos ver as fadas. As prímulas denominam-se “Chave das Portas do Paraíso”, pois são as primeiras a florescerem com a chegada dos primeiros raios de sol. Segundo numerosas lendas, estas flores são mágicas e consideradas as favoritas das fadas e das abelhas. Quando plantadas no jardim ou penduradas secas na porta de entrada da casa, atrairão a companhia das fadas. Possuem ainda a faculdade de encher os nossos corações de optimismo e alegria só pelo facto de as contemplar.


 ROMà(Punica granatum) - A romã é uma fruta revestida de muita magia que nos protege contra os maus espíritos. Varas da romãzeira eram usadas pelas bruxas para controlar os seus cavalos. Os druidas também usavam galhos desta planta para serem queimados e assim forçarem os espíritos a responderem às suas perguntas. A romã é considerada a fruta mágica da sorte, muito usada hoje nas festas de final de ano. É costume fazer-se um desejo antes de se comer cada uma das suas sementes (7 no total), para que ele possa obter a possibilidade de tornar-se realidade. Um pequeno galho da árvore pode encontrar riquezas ocultas e atrair dinheiro ao seu possuidor. Se for preso sobre a entrada da casa, protegê-la-á de todo o mal. O sumo da romã substitui o sangue ou a tinta mágica nos rituais. O chá preparado com a casca da fruta é usado em gargarejos para curar aftas. As folhas cozidas dão um excelente colírio para lavar olhos irritados. As flores em infusão podem ser usadas para aliviar cólicas intestinais e para combater inflamações nas gengivas. Usos mágicos: adivinhação, sorte, satisfação de desejos, riqueza e fertilidade. A casca da romã deve ser comida para o aumento da fertilidade. Se for seca, pode ser adicionada aos incensos de atracção de riquezas e dinheiro.


 ROSA (Rosa spp.) - A rosa é a flor associada à Deusa Afrodite e a sua origem mitológica conta a história de como a Deusa Cibeles criou a rosa, em represália a uma competição de beleza com a Deusa do amor Afrodite. Segundo uma lenda islâmica, a rosa branca nasceu do suor exalado por Mahomet, quando este subiu à montanha sagrada. No cristianismo, a rosa teve um papel importante. A Virgem Maria era representada por uma rosa que simbolizava o mistério da vida. Os alquimistas acreditam que a rosa era o único ingrediente que compunha o elixir da eterna juventude. E os cavaleiros da Távola Redonda usavam esta flor como representação do Santo Graal. A rosa é um grande atractivo de fadas. O perfume da rosa enche-nos de energia do amor e felicidade, acalmando qualquer tipo de disputa que houver em nossa casa. Outorga paz, tranquilidade e harmonia conjugal. Beba um chá de rosas para ter sonhos divinatórios, ou para melhorar a beleza. Usados como incenso ou em encantamentos, para dormir, atrair amor e curar. Sonhar com rosas significa, sucesso no amor, fortuna. As rosas são ainda afrodisíacas, já que actuam directamente sobre o cérebro e os centros sexuais do corpo, sendo a sua essência usada no combate da impotência psicológica. A rosa também incita à generosidade e ao equilíbrio, pois actua balanceando as correntes energéticas subtis entre os chakras. A delicadeza das suas pétalas e o arco-íris de cores que possui em cada uma das suas variedades contrastam com os espinhos do seu talo. Poderes mágicos: as vermelhas atraem o amor e as brancas são símbolo de reconciliação. Todas as demais atraem a boa sorte e protegem os locais onde são cultivadas.


 (Salvia officinalis) - As sálvia provêm do latim, salvare (salvar), pelas suas propriedades curativas e é uma planta associada à longevidade. Sabe-se que existem exemplares desta planta que se vinculam a uma determinada pessoa, florescendo e crescendo, segundo a sorte dela. A sálvia era a planta sagrada dos gregos. Já no século XVI se aspirava a sálvia para aumentar a capacidade de memorização e a tonificação da mente. Esta erva culinária sempre foi venerada porque se lhe atribui a qualidade de prolongar a vida. É símbolo de imortalidade, sabedoria e protecção. Usada também em encantamentos de cura e prosperidade. A sálvia nunca deve ser plantada sozinha, pois dizem que traz má sorte, por isso compartilhe o seu espaço com outras plantas. No folclore medieval era utilizada para acalmar as paixões ou desejos excessivos. É ainda utilizada para produzir o estado alterado de consciência. Conta-se que a sálvia era usada em cerimónias religiosas e curadoras pelos indígenas Mazatecas do México. Suponha-se que a erva só se desenvolvia bem nos jardins dos sábios. Como erva visionária, as suas folhas devem ser mascadas ou fumadas e os seus efeitos diferem dos de qualquer droga. Há uma crença popular que afirma que, se dormirmos sobre as folhas da sálvia por três noites e sonharmos uma única vez com o que desejamos, este se materializará. Caso o sonho não aconteça, devem enterrar-se as folhas. O aroma da erva, quando penetra num ambiente, cria uma barreira de protecção que neutraliza toda a negatividade do lugar. É usada também como calmante e no combate da depressão e do cansaço.


 TOMILHO (Thymus vulgaris) - O tomilho é muito apreciado pelas fadas. Não deve ser plantado dentro de casa, pois dizem que atrai duendes e fadas travessas. As suas flores queimam-se para afastar todos os animais venenosos. Energético, o seu aroma ajuda a melhorar a memória e é usado como um amuleto para conservar a saúde e a razão em situações de dor e angústia. Atrai a calma e o equilíbrio ao sexto e sétimo chakras. Também se acredita que todas as mulheres que usarem as folhas do tomilho como adorno, se tornam irresistíveis aos olhos dos homens. Para evitar pesadelos, deve dormir-se com um bocadinho desta erva debaixo do travesseiro. É usado como incenso purificador e em banhos mágicos de limpeza. Pode ser inalado para refrescar e renovar a energia. Use-o para se defender contra a negatividade. Traz inspiração e coragem.





TREVO DE QUATRO FOLHAS 
(Trifolium spp.) - Essa é uma planta consagrada às fadas, mas todo o tipo de trevo as atrai. Acredita-se que quando se vir uma fada, se devem colocar sete grãos de trigo sobre um trevo de quatro folhas e esperar... O trevo de três folhas serve de amuleto, o de quatro folhas atrai riqueza e amor, o de cinco folhas é um poderoso atractivo de riquezas. Existe ainda o trevo branco que atrai a boa sorte. Era usado também, em antigos rituais para obter beleza e juventude. É ainda considerado um amuleto contra enfermidades e para evitar o recrutamento militar. Deve-se colocar um trevo de quatro folhas no interior duma bolsinha de flanela vermelha para atrair a boa sorte. Para afastar espíritos malignos, macera-se o trevo em vinagre durante três dias, colocando-o em seguida nos quatro cantos da casa.


 VERBENA (Verbena officinalis) - Qualquer parte desta planta pode tornar-se um amuleto pessoal. Salpicar a sua infusão afugenta os maus espíritos. A verbena actua como pacificador e acalma as emoções. É também curativa, atrai riquezas e protege-nos contra encantamentos. Pode ser queimada para dissipar um amor não correspondido. Esta era a erva sagrada dos Druidas e usada também pelos romanos em rituais de limpeza, nos incensos de purificação e nos banhos de protecção. Os antigos celtas, para se protegerem contra qualquer mal, salpicavam a casa com uma infusão feita com as folhas de verbena e enterravam uma folha no terreno da sua propriedade para atrair a prosperidade e ajudar no crescimento das coisas. Para ter poderes mágicos, deve ser colhida num momento em que não possa ver-se nem sol nem lua, preferivelmente em noite de São João. É muito bom tê-la em casa para evitar influências de pessoas negativas. Espalhe-a pelo altar e em torno do Círculo mágico para purificar teu espaço sagrado. A verbena está associada com as deidades: Cerridwen, Marte, Vénus, Aradia, Ísis, Júpiter, Thor e Juno. Usos mágicos: amor, protecção, purificação, paz e dinheiro.


 
VIOLETA (Viola tricolor) - Misture a violeta com a lavanda para adquirir um poderoso encantamento de amor. A compressa feita com violeta ajuda a curar a dor de cabeça. Acredita-se que as violetas emitem vibrações terapêuticas que nos ajudam a proteger de todos os tipos de enfermidades. Sonhar com violetas significa mudanças para melhor. As violetas absorvem feitiços do mal. A fragrância acalma e limpa a mente. Se deseja atrair as bênçãos de fadas benignas, cultive violetas nos quatros cantos da sua casa. Faça uma coroa de violetas e use-a na Lua Cheia para ver as rainhas e os reis das fadas. Pequenas, suaves, doces, assim são as ternas violetas. Contemplar um jardim das mesmas é uma paisagem maravilhosamente idílica, que nos faz sentir totalmente presos ao encanto e à sensibilidade que emana destas flores. Conta uma lenda que Adão, quando se deu conta do pecado que havia cometido ao deixar-se seduzir por Eva, chorou desconsoladamente e o anjo que acompanhou seus errantes passos para fora do Jardim do Éden, vendo o seu sofrimento, transformou as suas amargas lágrimas em preciosas violetas. Uma tradição medieval alemã comemorava a chegada da primavera com uma dança de boas-vindas em que atava num mastro a primeira violeta encontrada. Poderes mágicos: mágicos e feiticeiras utilizavam a violeta para afastar espíritos malignos e contra o “mau-olhado”, ou “olho grande”.



ÁRVORES PREFERIDAS DAS FADAS
A macieira, a videira, o amieiro, o abrunheiro, a aveleira e o carvalho.

Dríades, as damas verdes

       Quase invisíveis e camufladas por umas longas túnicas verdes, escondem-se umas belas fadas dispostas a brincar e a divertir-se: AS DAMAS VERDES.
       Na Inglaterra aplica-se a denominação de “Dama Verde” as Dríades, ou espíritos dos bosques, que moram no carvalho, no salgueiro, no azevinho, nas macieiras, entre outras. Antes de cortar uma árvore era preciso solicitar a permissão das fadas e plantar prímulas próximas das suas raízes, como oferenda à Dama Verde, para alcançar as suas bênçãos.
         O verde é a cor das coisas que crescem e muitos duendes da natureza apresentam-se com trajes e gorros verdes. Alguns inclusive têm verde na pele. Na Escócia e na Irlanda, o verde é exclusivamente a cor dos duendes e até recentemente considerava-se que atraía a má sorte aos seres humanos que o vestiam.
          Muitas são as pessoas que consideram instintivamente que uma árvore possui um espírito ou consciência. Durante os primeiros dias do budismo, essa questão suscitou uma certa controvérsia e decidiu-se que as árvores não possuem alma como os seres humanos, mas que contam, porém, com certos espíritos residentes, chamados “Devas”, que falam do seu interior.
        Os espíritos das árvores foram honrados desde os tempos antigos. Como as árvores são capazes de viver muitos séculos, atestam mais feitos do que os seres humanos se podem dar conta nas suas breves existências. Por isso, os nossos antepassados julgavam que esses espíritos tinham que ser muito sábios. As árvores eram honradas nas suas festas com coroas e ornamentações.
Ainda hoje, como eles, honramos o espírito da árvore quando adornamos a nossa árvore de Natal e colocamos no alto um duende que representa o seu espírito vivo.
      As Damas Verdes são altas, belas e graciosas. Elas podem ser vistas não só nos bosques, mas também em castelos em ruínas e nos seus jardins. Habitam inclusive regiões desérticas nos seus suntuosos castelos de cristal. Os seus deslocamentos são rápidos e para realizá-los aproveitam o impulso do vento.

        Uma das mais famosas é a Dama Verde de Caerphilly, que se converte em planta quando tem que abandonar o castelo em ruínas onde habita, parecendo-se então com uma hera. Às vezes, costuma deixar-se ver, porém só se percebe o seu rosto, rodeado de folhas verdes de hera.
A Dama Verde é a força vital, vegetativa, que faz que uma raiz possa romper uma pedra, que os juncos se dobrem ao vento e que o carvalho suporte a tormenta.
A graciosa dança da Dama Verde ensina-nos a deixarmos de lado as regras artificiais e as limitações que nos oprimem, e a encontrarmos o nosso verdadeiro modelo de crescimento. Cada um de nós, com raízes ou sem elas, tem um padrão de perfeição que guia o seu crescimento.
      A Dama Verde recorda-nos que onde o solo é fértil, algo crescerá. Pode ser uma urtiga ou uma rosa, pois a terra fértil nunca ficará vazia. Ela pede-nos então que nos mantenhamos em contato com a terra, que cuidemos do nosso solo e que prestemos atenção ao que ali cresce. Depende só de nós erradicarmos o que não queremos em nós e alimentarmos o que nos faz bem.

       A Dama Verde diz-nos que apreciemos as bênçãos da vida e que afrontemos as dificuldades. A árvore cresce onde cai a semente, do mesmo modo que cresceremos se estivermos enraizados. O importante é demonstrarmos perseverança e paciência nas adversidades. Quando uma planta está sedenta, não pode fazer muitas coisas para acalmar a sua sede: pode dirigir as suas raízes mais para baixo em busca da água, porém deve esperar que a água venha até ela. Muito embora tenhamos pernas e possamos empreender ações para alcançar o que queremos, muitas vezes, as coisas estão fora do nosso alcance. Isto é o que podemos aprender com a Dama Verde: a esperar pacientemente.
        Porém, ao mesmo tempo, ela aconselha-nos a correr riscos, deixando crescer sementes novas e desconhecidas para ver em que se convertem. Algumas dessas sementes podem ser pequenos milagres que podem acontecer na nossa vida.
       Esta Dama diz-nos ainda para cuidarmos do terreno onde crescemos, da satisfação de mostrarmos aos outros, sem medo, como somos e praticarmos a magia inata. Qualquer momento da nossa vida é o de potencializarmos os nossos talentos e habilidades, um tempo de florescimento que produzirá os seus frutos. A recompensa material que esperamos só será possível na colheita da semente que plantamos e cuidamos.
      Adversidades e conflitos sempre existirão, mas a Dama Verde aconselha-nos a sermos valentes e perseverantes, pois, às vezes, nada pode ser feito a não ser esperar e seguir crescendo. No Mundo das Fadas, tal como no nosso, temos que crescer ou morrer. Não podemos ficar imóveis.
A Dama Verde cresce no nosso interior quando desenvolvemos livremente a nossa criatividade.

domingo, 14 de abril de 2013

Bacantes, as ninfas sombrias


 As Mênades, também conhecidas como Bacantes, Tíades ou Bassáridas, eram fanáticas mulheres seguidoras e adoradoras do culto de Dioniso, conhecidas como selvagens e enlouquecidas porque delas não se conseguia um raciocínio claro. Durante o culto dançavam de uma maneira muito livre e lasciva, em total concordância com as forças mais primitivas da natureza.
        Os mistérios que envolviam o deus Dioniso provocavam nelas um estado de êxtase absoluto e elas entregavam-se à desmedida violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguez e autoflagelação. Estavam sempre acompanhadas dos sátiros embalados pelos sons dos tamborins dos coribantes, formando uma espécie de trupe que acompanhava o deus do vinho nas suas aventuras. Andavam nuas ou vestidas só com peles, grinaldas de Hera e empunhavam um tirso - um bastão envolto em ramos de videira.
       Por onde passavam iam atuando como chamariz na conversão de outras mulheres atraindo-as para a vida lasciva. Evidentemente que o comportamento livre e desregrado delas causava apreensão, senão pânico nos lugarejos e cidades onde o cortejo báquico passava. Quando assaltadas por um furor qualquer, não conheciam limites ao descarregar a sua cólera. O maior divertimento das Mênades ou Bacantes era submeter os homens ao sofrimento, despedaçando-os antes de comê-los enquanto estavam em transe. Por isso, obrigavam-se a procurar refúgio no alto das montanhas, onde podiam exercer sua estranha liturgia sem a presença de olhares de censura ou reprovação.
         As Mênades estão presentes no mito de Orfeu, que se recusava a olhar para outras mulheres após a morte de sua amada Eurídice. Furiosas por terem sido desprezadas, as Mênades o atacaram atirando dardos. Os dardos de nada valiam contra a sua música mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, que flutuava cantando: "Eurídice! Eurídice!"
         Por sua crueldade, às Mênades não foi concedida a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra em triunfo, sentiram seus dedos entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu.
       No mundo grego e romano, a Bacchanalia ou Bacanais eram festas em honra de Dioniso e as sacerdotisas que organizavam a cerimônia eram as Bacantes. O culto primitivo era exclusivamente feito por mulheres e somente para mulheres, cujo culto teve início na época de Pã. Introduzido em Roma em 200 a.C., a partir da cultura grega do sul da Itália ou através da Etruria influenciado pela Grécia, os bacanais eram realizados em segredo e com a participação exclusiva de mulheres no bosque de Simila, perto da Aventino.
         Posteriormente, os rituais foram extendidos aos homens mas denunciado por um jovem que se recusava a participar das celebrações, o Senado, temendo que houvesse alguma conspiração política, proibiu as festas prometendo recompensas a quem desse informações sobre os rituais. Apesar da severa punição infligida àqueles que violassem o decreto, os bacanais continuaram a ser realizados no sul da Itália. O carnaval vem do legado atual do antigo Bacchanalia, Saturnália e Lupercalia. Na obra intitulada Dionísiacas são citadas dezoito Ménades:
  • Acrete - o vinho sem mistura
  • Arpe - a flor do vinho
  • Bruisa - a florescente
  • Cálice - a taça
  • Calícore - a formosa dança
  • Egle - o esplendor
  • Ereuto - a corada
  • Enante - a foice
  • Estesícore - a bailarina
  • Eupétale - as belas pétalas
  • Ione - a harpa
  • Licaste - a espinhosa
  • Mete - a embriaguez
  • Oquínoe - a mente veloz
  • Prótoe - a corredora
  • Rode - a rosada
  • Silene - a lunar
  • Trígie - a vindimadora


*Texto retirado do blog: Mitologia Grega

sexta-feira, 29 de março de 2013

Auras, ninfas da brisa


As auras (de aurai, "brisas" em grego) são as ninfas das brisas, às vezes descritas como mensageiras aladas. São filhas de Oceano ou de Bóreas, o vento Norte.

Astérias

As astérias (asteriai, em grego) ou urânias (de ouranos, céu) eram as ninfas das estrelas. Na maioria, eram filhas do titã Atlas, como as Híades, as Pleiades e as hésperides. As ninfas de ambos os grupos também foram classificadas como oréadas.

Outras astérias(ninfas que viraram astros siderais):

    Árgiope e Eugênia
    Hésperia e Astérope
    Faino e Klêta

segunda-feira, 25 de março de 2013

Harpias


Na mitologia grega, as harpias ("arrebatadora", "rapinante", do grego ἅρπυια, harpūia, por intermédio do latim harpȳia, relacionado ao verbo grego ἅρπάζειν e ao latino rapĕre, ambos significando "arrebatar") eram filhas de Taumas e Electra. A princípio eram duas, Aelo ("a borrasca", "a impetuosa") e Ocípite ("a rápida no voo") e mais tarde seu número foi aumentado para três com Celeno ("a escura").

Segundo R.D. Barnett  as harpias foram adaptadas de ornamentos em caldeirões de bronze de Urartu:
Eles fizeram tal impressão na Grécia que parecem ter dado origem ao tipo da sirena na arte grega arcaica. Como parecem desses nobres recipientes de cozinha, aparentemente deram origem ao conhecido mito grego de Fíneas e as harpias e assim foram representadas na arte grega. O próprio nome de Fíneas, a vítima de suas perseguições, pode não ser mais que uma corrupção do nome de um rei de Urartu, Ishpuinish ou Ushpina (cerca de 820 a.C.), talvez associado pelos mercadores gregos com esses caldeirões

Representações 

 A iconografia ora as mostra ávidas de sangue e de sexo, a aguardar o momento de beber o sangue do herói que tombou na refrega, ora como sedutoras mulheres aladas, transportando carinhosamente o corpo de um jovem, não necessariamente para o Reino de Hades, mas para alguma espécie de paraíso, onde possam mais tarde usufruir do amor do raptado. Na chamada Tumba de Xanto na Lícia, as harpias, na forma de aves com cabeça de mulher, guardam o túmulo para arrebatar o morto. Eram frequentemente esculpidas sobre os sepulcros com a finalidade de raptar particularmente os mortos mais jovens. Não é fácil, por vezes, a não ser nas intenções, distingui-las das sirenas, enquanto estas não surgiram nas pinturas com os pés palmitiformes. Como os demais deuses alados e raptores, as três damas-aves aladas têm por objetivo a união íntima com aqueles que arrebatavam.

Mais tarde, sobretudo à época clássica, as harpias transformaram-se em monstros horríveis, com rosto de mulher idosa, corpo semelhante ao do abutre, garras aduncas e seios pendentes. Pousavam nas iguarias dos banquetes e espalhavam um cheiro tão infecto que ninguém mais podia comer.
Dizia-se que habitavam as ilhas Estrófades, no mar Egeu. Muito mais tarde, o poeta romano Virgílio, na Eneida (6.289) colocou-as no vestíbulo do Inferno, junto com outos monstros. 

Mitos 


  • Sobre Fineu, o adivinho, rei da Trácia, pesava terrível maldição por abusar de seus dons divinatórios - segundo alguns, por revelar aos homens as intenções dos deuses, segundo outros por indicar a Frixo como chegar à Cólquida e a seus filhos como retornar à Hélade. Tudo quanto se colocasse à frente do mesmo as harpias o carregavam, principalmente em se tratando de iguarias. O que não podiam levar, sujavam com seus excrementos. Quando os argonautas passaram pela Trácia, o soberano pediu-lhes que o libertassem dos monstros. Zetes e Cálais, filhos do vento Bóreas, perseguiram-nas. O destino determinara que as harpias só pereceriam se agarradas pelos filhos de Bóreas, mas estes perderiam a vida se não as alcançassem. Perseguidas sem trégua, a primeira, Aelo, caiu em um riacho do Peloponeso. A segunda, Ocípite, conseguiu chegar às ilhas Equínades. Íris ou, segundo outros, Hermes postou-se diante dos perseguidores e proibiu-lhes matar as harpias porque eram "servidoras de Zeus". Em troca da vida, prometeram não mais atormentar Fineu, refugiando-se numa caverna da ilha de Creta.

  • Segundo fontes tardias, as harpias uniram-se ao vento Zéfiro e geraram quatro cavalos: os dois de Aquiles, Xanto e Bálio, "mais rápidos que o vento" e os dois dos Dióscuros, Flógeo e Hárpago. 

    Simbolismo

     Segundo Jean Chevalier e A. Gheerbrant, as harpias são parcelas diabólicas das energias cósmicas, as abastecedoras do Hades com mortes súbitas. Traduzem as paixões desregradas; as torturas obsedantes, carreadas pelos desejos e o remorso que se segue à satisfação das mesmas. Diferem das Erínias na medida em que estas representam a punição e aquelas figuram o agenciamento dos vícios e as provocações da maldade. O único vento que poderá afugentá-las é o sopro do espírito


     

Hipocampo

O hipocampo é um ser com a forma de cavalo na metade anterior e de peixe, dragão ou serpente na posterior.
Na mitologia grega, o hipocampo servia de companhia e montaria às nereidas e de animal de tração ao carro de Poseidon. Seres com características semelhantes aparecem na arte de outras culturas, inclusive a Mesopotâmia e a Índia. Também foi representado em bronzes, prataria e pinturas da Antiguidade romana ao período barroco.
Na heráldica européia, o hipocampo é representado com cabeça e torso de cavalo, mas com uma barbatana de peixe no lugar da crina, pés com membranas no lugar de cascos, cauda de peixe e, às vezes, asas de peixe-voador.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Iemanjá


ORAÇÃO PARA IEMANJÁ 

‘Salve, Estrela do Mar, deusa poderosíssima, mãe e advogada de todos os que navegam no mar agitado da vida! À vossa valiosa proteção confia-nos o vosso séqüito de auxiliares, sereias, ninfas, caboclas do mar, para serem nossas guias, protetoras, consolo e alento durante as tempestades da vida terrestre. Refugiamo-nos cheios de confiança e fé em vossa aura e manto vibratório. Seja nossa guia, seja nosso farol, seja sempre nossa brilhante estrela divina que nos orienta, a fim de que nunca pereçamos nem nos falte rumo da rota segura que nos fará desviar dos escolhos do mar agitado da vida material. Aceitai a minha devoção humilde como símbolo de meu carinho e esperança, para que eu possa trilhar o caminho vital com a mente limpa e o corpo sem os fluídos negativos que possam dificultar minhas atividades. Assim seja’.


No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras e até por membros de religiões distintas.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados. Todavia, na cidade de São Gonçalo, os festejos acontecem no dia 10 de fevereiro.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam, no mar, oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à orixá.
Na umbanda, é considerada a divindade do mar.

 Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais "manifestações pagãs" em suas propriedades.

  Seus filhos e filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem exceção. Gostam muito de ordem, hierarquia e disciplina. São ingênuos e calmos até demais, mas, quando se enfurecem ,são como as ondas do mar, que batem sem saber onde vão parar. São vaidosos mais com os cabelos. Suas filhas sabem seduzir e encantar com a beleza e mistérios de uma sereia. Geralmente, as filhas de Iemanjá têm dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.


  • Dia: sexta-feira.
  • Data: 2 de fevereiro.
  • Metal: prata e prateados.
  • Cor: prata transparente, azul, verde água e branco.
  • Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá, melancia, cocada branca.
  • Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar.
  • Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.
 Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da Mitologia Africana Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem.
 No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial. Uma das maiores festas ocorre em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes. No mesmo estado, em Pelotas a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Antes do encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas, que em 2008 chegou à 77ª edição. As embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregavam a imagem de Iemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por várias pessoas.

No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat em Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar - também conhecida como Janaína
Na capital da Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro, é o dia de tradicional festa em homenagem a Iemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas ao redor do qual se aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado e curiosos para assistir ao desfile dos orixás e, principalmente, da homenageada. Pela praia, encontram-se buracos com velas acesas, flores e presentes. Em 2008, segundo os organizadores da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.

Festa do Rio vermelho



A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais.
A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, enquanto os terreiros de candomblé e umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas de santo que realizarão seus trabalhos na areia.
No Brasil, Iemanjá, na versão de Pierre Verger, representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo.


Em Porto Alegre
A Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre é a maior festa religiosa da cidade brasileira do sul do Brasil, e homenageia Nossa Senhora dos Navegantes e seu sincretismo afro-brasileiro. É realizada no dia 2 de fevereiro de cada ano desde 1870. Originalmente constava de uma procissão fluvial, com embarcações que singravam o Lago Guaíba desde o cais do porto, levando a imagem da santa do centro da cidade até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. Hoje, por determinação impeditiva da Capitania dos Portos, a procissão é terrestre, levando a imagem desde a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade, até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.Os organizadores da festa consideram que esta é a segunda maior romaria religiosa do País, ficando atrás apenas do Círio de Nazaré realizada em Belém do Pará. Com uma grande participação popular tanto na realização da festa, como nas comemorações.

Cuba



Em Cuba, Yemayá também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da santeria como santa padroeira dos portos de Havana.
Lydia Cabrera fala em sete nomes igualmente, especificando bem que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos. Seu nome indica o lugar onde ela se encontra.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Aparência das ninfas

      Não há nada de extraordinário na aparência de uma ninfa. Na verdade, elas são tão parecidas às humanas, que à primeira vista seria impossível de não acreditar estar diante de uma simples mortal. As pessoas fantasiam muito a respeito da verdadeira forma dos elementais por causa de seres animalescos como sereias, faunos e etc.
 As ninfas são iguaizinhas às mulheres humanas, podendo ser baixas ou altas (isso depende do tipo de ninfa. Por exemplo, as ninfas da água são muito atraentes, mas são baixas, da altura de uma criança de dez a doze anos. Já as Hamadríades podem ser altas quanto suas árvores.) e sua beleza é comum, não se assemelhando em nada com as sereias. Mas não se engane com sua aparência, pois elas podem não ser como as sereias, mas são tão irresistíveis quanto uma. Sua voz é macia e sedutora. Enquanto uma sereia, em muitos casos, precisa cantar para atrair sua vítima, a ninfa, simplesmente, dispensa o canto e atrai a pessoa a chamando pelo seu nome várias vezes. Se a pessoa ignora, seus gritos transmitem desespero e a pessoa, enfeitiçada, fica aflita e não consegue encontrar a paz enquanto não atender ao chamado da ninfa. Se já é difícil resistir a voz de uma ninfa, imagine então tentar resistir ao canto de uma sereia? Vale lembrar (só pra apagar o risinho das caras das meninas) que as ninfas e sereias são livres de preconceito e podem sim, se apaixonar por uma garota ao invés de se apaixonar por um garoto. Não estou dizendo que isso acontece sempre, mas é bom você saber. Mas, relaxe porque na magia existe uma lei que diz que semelhante atrai semelhante. Você não vai atrair um elemental gay se for hetero. Pode parecer estranho eu estar falando sobre sexualidade agora, mas os elementais tem uma vida sexual assim como todo mundo e alguns deles ainda valorizam o amor livre e sem preconceito que existiu na Grécia há muito tempo atrás. Naquela época, a sociedade não via o homossexualismo como hoje e até mesmo as prostitutas eram tidas como sagradas. Era comum as mulheres casadas terem escravas sexuais. E familias entregarem seus filhos meninos a senhores ricos que ... (como dizer isso sem causar polêmica?) os iniciavam nas artes sexuais e por aí vai. Alguns elementais, especialmente os da água, que outrora foram muito adorados na Antiga Grécia ainda amam como antigamente.  Elementais podem se apaixonar por humanos e até mesmo levá-los para seus reinos. Mas esse tipo de amor, por mais maravilhoso que pareça tem seus prós e contras que falaremos uma outra hora.

   Como os elementais se mostram a nós?

    Um elemental sempre depende de nossa boa vontade para se mostrar a nós.
De nada adianta realizarmos um belo ritual para avistá-los se não fazemos ideia de como eles são.
Todos os elementais, sem excessão, podem mudar sua forma fisica. Pensem neles como metamorfos e tudo vai ficar mais fácil. 
Os metamorfomos podem virar qualquer coisa, certo? Até mesmo a Britney Spears se quiserem. Os elementais também. Há vários relatos de gente que já os viu na forma de suas celebridades preferidas ou mesmo na forma de entes queridos já falecidos ou ainda vivos. Se você já viu o vulto da sua mãe no corredor quando ela estava no banheiro, por exemplo. Você, na verdade, viu um elemental. 
 Talvez essa seja a parte mais legal de se contatar um elemental. Ele pode ser o que você precisa ou deseja que ele seja. Como um amigo imaginário. Aliás, muitos desses casos de amigos imaginários, na verdade, podem se tratar de elementais. Mas não deixe a fantasia te confundir. Quando você realmente consegue atrair um elemental, você sabe porque um elemental é bem mais que uma imagem projetada em sua mente. Ele tem vida própria. Personalidade própria e Voz. Se não puder ouvi-lo, ela vai falar na sua mente, através de pensamentos que você terá certeza absoluta que não são seus. Cada elemental vai se manifestar de uma forma. Depende da pessoa, do seu grau mediunidade. Por exemplo, algumas pessoas não podem ver elementais, mas podem senti-los ou ouvi-los. Se você quiser ver, sentir e ouvir, tudo ao mesmo tempo, precisará realizar rituais para despertar sua vidência. Há também a hipnose, mas deve se tomar cuidado com ela.

Os riscos que a hipnose pode trazer

      A hipnose, na magia, nada mais é que uma viagem astral que o mago ou xamã realiza para encontrar seres ou mesmo pessoas em outro plano. Dessa forma é possível conhecer a morada dos elementais. Quando fazemos uma hipnose devemos estar plenamente conscientes (acordados) para retornarmos pelo mesmo caminho o qual tomamos para chegarmos até onde chegamos. Caso contrário, corremos o sério risco de nos perdermos. Quando nos perdemos, podemos ficar preso do outro lado de duas maneiras; a primeira, nunca mais a pessoa teria sonhos comuns e sempre que dormisse iria, mesmo, contra a vontade, para a dimensão a qual ficou presa. Nesse caso, tudo que acontece por lá seria real. E a pessoa teria de aprender a adquirir consciência enquanto estivesse dormindo para saber que está sonhando e, assim poder controlar os seus atos. O problema é que nem sempre descansamos bem quando estamos em sonho consciente. A segunda, a pessoa seria obrigada a permanecer no mundo espiritual e entraria em coma. Isso geralmente acontece com pessoas desavisadas ou descuidadas que vão para o mundo das fadas ou dos mortos, onde a principal regra diz que aquele que comer de sua comida ou beber de sua bebida será obrigado a permanecer por lá por tempo indeterminado. E se a pessoa ainda tiver a má sorte de encontrar uma fada da corte maldita pode acabar sendo escravizado. Em ambos o caso, a provável solução seria realizar uma hipnose que resgatasse a pessoa de sua prisão espiritual. Encontrei um site que relata diversos casos de prisões espirituais. Ele é um tanto quanto fantasioso, mas vale a pena conferir para você ter uma noção básica de como seria estar preso em outra dimensão.© Segue o link a seguir: Prisão espiritual


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