sábado, 3 de novembro de 2012

Eco


Seu suave perfume me embriaga
e me sinto fraca...
Sua meiga voz me seduz,
embora seja apenas um eco,
repetindo o que digo.
O brilho de seus lindos olhos azuis
faz meu ar parar por alguns segundos.
E quando você sorri, sinto meus pés fora do chão.
 Estar apaixonada é isso?
Você me responde em um sussurro:
- Estar apaixonada é isso.

Enquanto a bela ninfa de vestido sedoso
me conduz a um labirinto de emoções,
sinto as lembranças me deixarem e
meu passado ser substituído
por um presente, totalmente novo.
Lhe pergunto então:
A morte é assim?
E minha bela Eco responde-me,
em um sussurro:
- A morte é assim.


A lenda de Eco e Narciso


     Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso; e então dai o nome narciso a flor.

Outra versão conta que  Narciso era um belo rapaz, filho do deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por acasião de seu nascimento, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. A resposta foi que ele teria uma longa vida, se nunca visse a própria face. Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso, quando ele chegou à idade adulta. Porém, o belo jovem não se interessava por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das mais apaixonadas, não se conformou com a indiferença de Narciso e afastou-se amargurada para um lugar deserto, onde definhou até que somente restaram dela os gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-las. Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a debruçar-se numa fonte para beber água. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu imóvel na contemplação ininterrupta de sua face refletida e assim morreu. No próprio Hades ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se apaixonara.
Segundo FRAZER (1887) a origem do mito pode ser muito antiga, compartilhada pelos indo-europeus, e relacionada a lendas de outros povos, como os zulus, segundo os quais o reflexo representa a alma, que é roubada por bestas da água.


  Narciso ao deparar-se com sua beleza sobre-humana vê em sua face a gloriosa magnificência da criação, sem falhas, sem erros, limpa e perfeita, como, em sua mente, havia sido feita a humanidade para tal. Simbolicamente nada menos do que o homem físico chegando de súbito ao entendimento de sua essência imaterial, vendo a si mesmo muito mais do que um simples mortal fadado à perecer pelo tempo. Narciso contemplou em absoluto a grandiosidade da alma do ser humano, e apaixonou-se por ela, tornou-a seu objetivo e seu foco de admiração para sempre.
 Eis então que nos recorda Narciso, que a essência do ser humano transcende o corpo, e, por ter sido feita à imagem do Criador (Zeus), Narciso via exatamente o quão grande era a beleza em si mesmo, admiração que depois dele, sendo o ápice da contemplação da Criação, foi-se apenas decaindo no decorrer dos séculos, decaindo e decaindo, até que encontramo-nos na idade moderna, onde grande parte dos humanos perderam esta capacidade de olhar para dentro de si mesmos, e enxergar algo lindo e complexo, digno de contemplação eterna. O próprio termo "Narcisismo" com o passar da gerações tornou-se símbolo de frivolidade e apego às aparências, quando, em essência, o oposto é que deveria ser considerado: alguém que enxerga na própria face, a imagem do Criador.

Ninfas, segundo a mitologia


    Para os gregos e romanos da antiguidade, ninfas eram as divindades benéficas que representavam as forças elementares da natureza.
  Como divindades menores, elas não eram imortais, mas permaneciam jovens, belas e graciosas, sendo por isso amadas por deuses e homens, embora também inspirassem, ao mesmo tempo, temor e devoção no mundo helênico. Frequentemente descritas com vestidos leves e quase transparentes, e tendo seus cabelos soltos ou entrelaçados.

As ninfas podiam raptar um mortal, caso se apaixonassem por ele, como aconteceu com Hilas, herói associado à lenda de Hércules, que ao retirar água de uma fonte, foi carregado por elas para o fundo das águas; ou com Hermafrodito, que ao banhar-se numa fonte despertou tamanha paixão na ninfa Salmacis que esta o abraçou e pediu aos deuses que fundissem seus corpos num só.

Mas também podiam morrer de amor, como no drama da ninfa Eco, que ao se apaixonar por Narciso, sem ser correspondida, ficou reduzida a uma voz que continuou a se lamentar pelas florestas e montes.

As ninfas estavam ligadas tanto à terra quanto à agua, e eram classificadas segundo o lugar em que habitavam.

Náiades- ninfas aquáticas extremamentes belas, que viviam em fontes e nascentes onde permitiam aos homens beber da água, mas não o banho, punindo os infratores com amnésia, doenças e até mesmo a morte. Possuiam o dom da cura e da profecia, e se dividiam em cinco famílias diferente: Crinéias (fontes); Limneidas, ou Limnátides ( lagos); Pegéias ( nascentes); Potâmides ( rios); e Eleionomae (pântanos).

Oréades- Ninfas que habitavam e protegiam as montanhas, as cavernas e as grutas.

Napéias- ninfas que até certo ponto se assemelhavam às oréades por serem associadas a vales, colinas e depressões. Dificéis de serem avistadas, já que se escondiam atrás de pinheiros e outras árvores quando sentiam a presença humana. Eram sofisticadas e acompanhavam a deusa Ártemis ( Diana) em suas caçadas. Também faziam parte do cortejo de Febo, ou Apolo quando este passava pelo céu com sua carruagem.

Oceanides- ninfas dos fundos inacessíveis do mar, das quais algumas se distinguiram, tais como Clímene, esposa do titã Jápeto, e Dione, amante de Zeus. Irmãs dos rios, eram, segundo Hesíodo, em número de três mil.

Nereidas- Essas 50 ou 100 filhas de Nereu, um deus marinho mais antigo que Netuno, habitavam o mar Egeu. Quase sempre representadas como sendo metade mulher e metade peixe, assim como as sereias, mas diferentemete delas, eram gentis e generosas, mostrando-se sempre prontas a ajudar os marinheiros em perigo. Viajavam sobre golfinhos ou cavalos-marinhos, trazendo na mão ora um tridente, ora uma coroa ou um galho de coral.

Pegéias- Ninfas que habitam as nascentes. Um grupo delas foi responsável pelo rapto de Hilas. Quando os argonautas fizeram uma escala na Mísia, Hilas se afastou para procurar água e não voltou. É que, tendo se aproximado de uma nascente, as pegéias, extasiadas com sua beleza, arrastaram-no para as profundezas da água.

Encantameto da lua-cheia


Quando a lua estiver cheia, encha um recipiente com água, leve-o para fora de casa e posicione-o de forma a refletir a imagem da lua na água. Olhe atentamente para a imagem pois seu rosto estará refletindo na água. Deseje para si mesmo muito amor e sinta-o indo em sua direção. Perceba a imagem da lua fundindo-se com a imagem de seu rosto. Em seguida, coloque o recipiente dentro de casa e guarde a água, que agora foi transformada em perfume mágico.


Atraente e encantador (sereias)


Numa noite de lua-cheia, leve até o mar duas rosas, sendo uma branca e outra vermelha. Pise descalça na areia da beira do mar e ofereça as flores para as sereias. Atire-as no mar, feche os olhos e repita com fé:

"Maresia, vento, lua cheia, mar, luz e sereia, nunca me deixe, fique em mim para eu poder ser atraente e seu encanto não ter fim."

Invocação às ondinas


Eu vós saúdo ondinas,
que constituem a representação do elemento água.
Conservai a pureza da minha alma,
com o elemento mais precioso da minha vida, do meu organismo.
Fazei-me plena de sua criação fecundadora e dai-me sempre
intuição de forma nobre e correta.
Mestres da água, eu vos saúdo fraternalmente.
Amém.

Rusalkas


      As Rusalkas são perigosas entidades feminas da água no folclore russo, geralmente consideradas espíritos de jovens afogadas. A palavra "Rusalka", segundo o linguista germano-russo Max Vasmer, referia-se originalmente às danças de roda das jovens nas festas de Pentecostes ( mais conhecida no Brasil, como festa do Divino Espírito Santo) e deriva, através do latim "rosalia" (Festa das rosas), nome dado a essa celebração pelos romanos antes de ser assimilada pelos Pentecostes cristãos, hoje comemorado 50 dias após a páscoa.
       Durante os meses de inverno, as Rusalkas vivem no fundo da água, sob o gelo. No verão, principalmente na chamada Semana das Rusalkas ( Rusal'naia, no início de junho), podem deixar a água e subir às árvores das florestas vizinhas, tornando-se um perigo para os homens que se aventuram nas suas proximidades. Trepam aos galhos de salgueiro ou vidoeiro que pendem sobre a água e à noite, quando o luar ilumina a floresta, descem das árvores e dançam nas clareiras. Às vezes, vão às fazendas para dançar. Os russos dizem que o lugar onde elas dançam podem ser encontrados procurando-se por pontos onde a grama cresce mais espessa e o trigo mais abundante. Estes círculos são chamados Korovodyi, em russo, ou korowody, em polonês. Até os anos 1930, o enterro ou banimento ritual das Rusalkas no final da Rusal'naia permaneceu como um entretenimento comum.
        No norte da Rússia, as Rusalkas tem a aparência de mulheres afogadas nuas, cadavéricas, com olhos que brilham com um maligno fogo verde, ou então brancos, sem pupilas. Ficam na água ou perto dela, à espera de viajantes descuidados. Arrastam as vítimas para a água, onde as aterrorizam e torturam antes de matá-la.
      No sul da Rússia, aparecem como belas jovens em roupas leves, com rostos como o luar. Atraem suas vítimas cantando docemente nas margens dos rios, enquanto trançam seus longos cabelos. Quando a vítima entra na água para encontrá-la, a rusalka a afoga.
      Além disso, as Rusalkas podem arruinar as colheitas com chuvas torrenciais, rasgar redes de pesca, destruir represas e moinhos d' água e roubar roupas, linho e fios das mulheres humanas.  Entretanto, os viajantes podem proteger-se ao passar perto da água se levarem algumas folhas de losna (artemisia absinthium). Espargir losna em qualquer coisa que uma rusalka possa querer roubar ou destruir também  as mantêm à distância. Se elas se tornarem particularmente preocupantes em uma região, grandes quantidades de losna devem ser espargidas no rio ou lago.

Lamiak


       No folclore basco, as Lamiak ( singular, Lamia) são descritas como belas mulheres de pés de pato, garras de ave ou rabo de peixe. Moram nos rios e fontes, onde costumam pentear suas longas cabeleiras com cobiçados pentes de ouro. Algumas lendas dizem que são uma personificação da deusa Mari. O nome parece estar relacionado ao das vampirescas Lâmias gregas, mas as Lamiak bascas são entidades relativamente benignas, mais semelhantes às ninfas gregas ou às Janas  do folclore mediterrâneo. Normalmente amáveis, diz-se que ajudaram os homens a construir dólmens e pontes, mas enfurecem-se se lhe são roubados os pentes. Diz uma lenda que uma mulher roubou o pente de uma lâmia e esta começou a amaldiçoá-la, mas não conseguiu porque o soar dos sinos da igreja salvou a mulher. Outra lenda fala de um pastor que ouviu um canto maravilhoso e, ao segui-lo, encontrou uma bela jovem sentada sobre uma rocha, que passava um pente de ouro sobre seus cabelos loiros, que lhe chegavam aos pés. Ao ver o rapaz, mergulhou n' água, mas depois reapareceu. O pastor apaixonou-se pela jovem e a visitou dias seguidos, até que ela o pediu em casamento. O rapaz aceitou e ela lhe deu um anel. Ao chegar em casa, porém, não sabia dizer como se chamava a noiva ou quem eram seus pais, apenas que era formosa, formosa...
  A mãe suspeitou que o filho estava enfeitiçado e pediu conselhos a parentes e vizinhos, que lhe disseram que se fosse estrangeira tal coisa, se fosse bruxa outra... E o mais velho da aldeia lhe que se fosse uma lâmia teria pés de pato.  A mãe fez o filho prometer que prestaria atenção nos pés da moça. Ele imediatamente foi vê-la e a encontrou n' água, mergulhando e brincando com os peixes, mas desta vez reparou nos pés, e eram pés de pato. Voltou para a casa de coração partido, pois humanos não se casavam com lâmias. Adoeceu e delírou com a febre, vendo o rosto da amada e ouvindo sua voz o chamando "Zatoz, maitea, zatoz" (vem querido,vem). O rapaz acabou morrendo. No dia de seu enterro, a lâmia apareceu em sua casa, cobriu-lhe o corpo com um lençól de ouro e beijou-lhe os lábios. Seguiu o cortejo até a porta da igreja, onde não podia entrar por ser solo consagrado. Retornou então às montanhas e tanto chorou por seu amor perdido que brotou ali um manacial que recorda o amor impossível entre a lâmia e o pastor.

Ondinas


 As ondinas ( undina em latim, de unda, onda; ondine ou undine em inglês e alemão) seriam elementais da água, segundo o Tratado sobre os Espíritos Elementais, de 1566, do médico e alquimista Paracelso. As ondinas são imaginadas com as características sedutoras das nixes do folclore alemão e também de outros espítos da água do folclore europeu, como as janas portuguesas e espanholas.

Em Ondina ( no original, Undine), romance fantástico de 1811 do alemão Friedrick de La Motte Fouqué, uma dessas entidades se casa com um cavaleiro e assim ganha uma alma, mas o marido a abandona por outra mulher. A ondina volta a água, mas no casamento do marido com a segunda esposa, reaparece e tira-lhe a vida com um beijo. Em outras versões, a ondina sacrifica a imortalidade para se casar com um cavaleiro e dar-lhe um filho, mas então envelhece e encontra o marido no estábulo com uma amante. Ela então o acorda e o amaldiçoa - Continuará a respirar enquanto estiver acordado, mas morrerá quando dormir.    Por causa dessa lenda, uma forma de apnéia noturna - síndrome que priva certas pessoas de respiração durante o sono é também conhecida como "maldição de ondina".

Vodyanoi



É um espírito masculino da água ou duende folclórico em contos tchecos, semelhante ao Wassermann  ou Nix do folclore alemão. Aparece como um velho nu com uma barba esverdeada e cabelo comprido, o corpo coberto de algas e limo, geralmente com escamas negras de peixe. Tem patas membranosas no lugar de mãos, cauda de peixe e olhos que queimam como carvão em brasa. Às vezes se parece com um grande peixe, em outras ocasiões com uma enorme rã, do tamanho de uma foca e com face humana. Geralmente monta em um tronco semi-afundado, chapinhando de forma ruidosa. Pode arrastar pessoas para a sua morada subaquática, decorada com tesouros de navios afundados, para que os sirvam como escravos, dando-lhes a capacidade de respirara na água.
   Quando zangado, o vodyanoi rompe represas, arruina moinhos 'água, afoga pessoas e animais. Pescadores, moleiros e apicultores fazem sacrifícios para apaziguá-lo. Os pescadores pedem ajuda ao vodyanoi colocando uma pitada de tabaco na água e dizendo "Eis aqui seu tabaco, senhor vodyanoi, agora dê-me um peixe."
   Nos contos tchecos, os afogados morrem e o Vodník guarda suas almas em taças de porcelana que eles consideram valiosas. Seus únicos servos são peixes. Os Vodnici vivem em lagos e rios e não há menção de uma habitação especial.

Nixes



 Os Nixes ( singular masculino Nix, feminino Nixe ou Nixie) são entidades dos rios que podem atrair os homens para o afogamento. Nas línguas latinas, o termo é freqüentemente traduzido como ondinas. Quando femininas, essas entidades são também chamadas Loreleis, generalizando o nome de uma famosa nixe do Reno.


Nixes no folclore alemão



 Os machos podem assumir formas diferentes, inclusive a de humano, peixe e serpente.
 As fêmeas são belas mulheres com cauda de peixe. Esses seres são considerados malignos em algumas regiões, mas inofensivos e amigáveis em outras.
  No século XIX, Jacob Grimm mencinou a nixe entre os espíritos d' água que gostam de música, dança e canções e disse que "com sua canção, a nixe arrasta os jovens para si mesma e para as profundezas, como as sereias." Segundo Grimm, elas  podem parecer, mas tem leves traços animais: o macho tem orelha fendida e a fêmea, a barra da saia molhada.
   Uma nixe famosa do folclore alemão é Lorelei. Segundo a lenda, ela sentava na rocha no Reno que leva o seu nome ( uma rocha de 120 metros de altura perto de St. Goarshausen, na Renânia - Palatinado), no ponto mais estreito do rio e distraía pescadores dos perigos dos recifes com o som de sua voz. O nome significa "Rocha murmurante", do antigo dialeto alemão do Reno Lureln (murmurar) e Ley ( rocha) pois uma pequena cascata e as fortes correntes produzem um murmúrio que é amplificado pelo eco da rocha.
  Na Suíça, existe a lenda de uma nixe que vivia no lago Zug, no cantão do mesmo nome.


Nixes no folclore escandinavo



       Os termos escandinavos Näcken ou Strömkarlen ( sing. Näck ou Strömkarl) em sueco, Nokken, Grimm ou Fossegrim em norueguês, referem-se a espíritos masculinos da água que tocam canções encantadas no violino, atraindo mulheres e crianças para se afogarem nos lagos e rios. Nem todos esses espíritos eram, porém, malévolos.
      Muitas histórias indicam que pelo menos os Fossegrim eram inofensivos à sua audiência e atraiam não só mulheres e crianças, mas também homens para a sua doce canção. Também há contos nos quais o fossegrim aceita viver com uma humana que se apaixonou por ele, mas geralmente ela acaba indo embora com o fossegrim para a sua casa, geralmente uma cachoeira ou riacho. Os fossegrim ficam deprimidos se não têm contato livre e regular com uma fonte d' água.
         Se abordados de maneira apropriada, o fossegrim pode ensinar um músico humano a tocar tão bem "que as árvores dançarão e as cachoeiras se deterão ao ouvir sua música".  Uma tradição diz que se deve fazer ao nix uma oferenda de três gotas de sangue, um animal negro e um pouco de brännvin (vodka escandinava) ou snus ( rapé molhado) jogados n' água.
  É difícil descrever sua aparência, pois uma de suas características é o poder de mudar de forma. Pode se mostrar como um belo jovem tocando violino nos riachos e cachoeiras (mais ou menos elegantemente vestido nos contos folclóricos, hoje frequentemente imaginado nu), mas também pode aparecer como um tesouro, um objeto flutuante, ou um animal, mais freqüentemente um "cavalo do rio". Os nomes escandinavos são derivados do nórdico antigo nykr, "cavalo do rio". É provável que o cavalo do rio tenha precedido a personificação do nix como o "homem das corredeiras".
        A música fascinante dos nixes era mais perigosa para mulheres grávidas e crianças não batizadas. Supunha-se que eles eram mais ativos nas noites do Solstício de verão (festa de são João), na véspera do natal e nas quintas-feiras.
   Quando um nix malévolo tenta levar embora uma pessoa, pode ser derrotado se chamado pelo seu nome. Isso pode ser a morte para eles.
  O nix era também um prenúncio de afogamentos. Ele grita em um ponto de um lago ou rio, de maneira parecida a uma mobelha (ave aquática, gavia immer) e nesse lugar ocorrerá um acidente.
       Nos contos românticos do século XIX, o nix canta sobre sua solidão e seu anseio por salvação, que supostamente, jamais poderá ganhar, pois não é "filho de Deus". Em um poema do poeta sueco E.J Stagenelius, um menino se apieda do destino do nix e assim salva a própria vida. No poema, o menino diz que o nacken jamais será um "filho de Deus" que" traz lágrimas ao rosto" e que "nunca tocará de novo no riacho prateado".
       Na Escandinávia, os nenúfares são chamados "rosas nixes". Um conto da floresta de Tiveden conta como a floresta ganhou seus nenúfares vermelhos pela intervenção do nix:

          À margem do lago de Fagertärn, havia um pobre pescador com uma bela filha. O pequeno lago dava pouco peixe e o pescador tinha dificuldade em alimentar sua pequena família. Um dia, quando pescava em sua pequena canoa de carvalho, ele encontrou o nix, que lhe ofereceu grandes pescarias se lhe desse sua bela filha quando ela fizesse dezoito anos. O pescador, desesperado,aceitou. No dia em que a moça fez dezoito anos, ela foi à beira d' água encontrar o nix, que alegremente lhe disse que descesse à sua morada aquática. A garota, porém, puxou uma faca e disse que ele nunca a teria viva, meteu a faca no coração e caiu morta no lago. Seu sangue então, coloriu os nenúfares de vermelho e desse dia em diante os nenúfares de alguns lagos são vermelhos. Eu, particularmente, acho que essa garota cometeu um erro porque ao se matar, ela condenou a própria alma, e com certeza, o nix deve ter ceifado ela.

Merrows


      São seres encantados das águas irlandesas, conhecidos também como elfos marinhos.
As mulheres são parecidas com as típicas sereias que conhecemos dos livros. Gentis e bonitas, elas costumam se apaixonar pelos homens, pois os machos merrows são muito feios! Com cabelos e rostos verdes, o tronco coberto de escamas e uma fileira de espinhos que descem ao longo de sua coluna. Eles tem pernas e braços muito curtos, terminando em mãos de três dedos com garras afiadas em cada um deles. Seu nariz é rugoso e vermelho, provavelmente por causa de sua inclinação para o álcool de navios naufrágos. Apesar de sua aparência assustadora, eles não são maus. E, muitas vezes, ajudam os humanos a chegarem às praias, quando estes afundam com seus barcos.
       Os Merrows se diferenciam dos outros seres encantados por usarem um gorro com penas vermelhas. Este gorro é o que os leva de volta para seus lares nas profundezas das águas. Se o gorro for perdido, eles perdem a direção de suas casas. Ás vezes, machos e fêmeas saem pra passear na superfície na forma de gado sem chifres.

Glastig


      Na forma de uma bela mulher, a glastig é um ser encantado da água que atrai os homens para dançar e depois suga seu sangue, pois é um tipo de vampiro. Sua metade de baixo é de cabra e ela usa um esvoaçante e longo vestido verde para esconder isso de suas vítimas. Apesar de sua natureza aparentemente cruel, a glastig pode ser boa e gentil.

Asrai e outros elementais da água

Pequenos e delicados seres da água que, se capturados à luz do dia, transformam-se em poças d'água.


Selkies - Uma variação de nossa Iara e nosso boto, são seres encantados da água  na forma de focas. As fêmeas podem deixar sua pele de foca e passear pela cidade, mas se alguém encontrar sua pele, ela é obrigada a ser uma boa esposa, embora triste. Se ela um dia recuperar sua pele, no entanto, voltará alegremente para a água e seu marido definhará até a morte. Os machos selkies provocam tempestades e viram navios par vingar a morte cruel das focas.

Each-uisge - Também chamado ech-oosh-kya e aughisky, é mais perigoso que o kelpie, pois é inofensivo quando está em terra, mas assim que avista a água, salta com seu viajante desavisado dentro dela e o devora por completo, deixando apenas o fígado.

Urish- habita as lagoas da Escócia e gosta da companhia humana, mas sua aparência estranha faz com que os humanos fujam dele. Ele possui patas de cabra e orelhas pontudas, como um sátiro, mas com ar bucólico.

Iara - Na forma de uma bela mulher que fica à beira dos rios, atraindo com sua bela voz homens incautos. Ela pode aparecer como uma sereia e tem sempre cabelos longos e escuros que vive a pentear. Ela toma conta dos rios e da água doce, mas há de se ter cuidado, pois seu encanto atrai pessoas para afogá-las.

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